Jornalista estava internado em hospital de Petrópolis na região serrana
um dos rostos e das vozes mais conhecidas da TV brasileira, paulista foi o primeiro apresentador do Jornal Nacional, da TV Globo
Rio - O jornalista Cid Moreira morreu às 8 horas da manhã desta quinta-feira (3) aos 97 anos. Ele estava internado no hospital Santa Teresa, em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, para tratar um quadro de pneumonia. Devido a um quadro insuficiência renal crônica, Cid fazia hemodiálise há mais de três anos.
jornalista estava internado há 29 dias e chegou ao hospital com infecção urinária, ficou acamado com complicações de trombose venosa e atrofia muscular. Ele ainda seguiu fazendo diálise no hospital. "Foi um tratamento multidisciplinar desde o primeiro momento", explicou o médico Nélio Gomes, que cuidou do jornalista nos últimos dias.
A idade avançada, segundo o profissional e a gravidade do quadro, evoluiu para a falência múltipla dos órgãos.
"Eu não contei para ninguém para ter direito a privacidade, esperando que ele voltasse para casa, eu fiz o melhor", contou Fátima Sampaio, mulher de Cid, em entrevista ao "Encontro", da Globo. Eles ficaram juntos por 25 anos.
"Nós temos diferença de idade, e eu sempre falava para o médico 'eu quero mais um pouquinho'. Mas ele estava cansado, muito cansado. Ele estava lúcido até o fim", disse Fátima.
Cid Moreira nasceu em Taubaté, no Vale do Paraíba, em 1927. Ele fez 97 anos na última sexta-feira (27). O jornalista iniciou a carreira no rádio em 1944, após fazer um teste de locução na Rádio Difusora de Taubaté. Entre 1944 e 1949, ele narrou comerciais até se mudar para São Paulo, onde trabalhou na Rádio Bandeirantes e na Propago Publicidade.
A estreia do jornalista como locutor de noticiários aconteceu na TV Rio, em 1963, no 'Jornal de Vanguarda'.
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